Soldado brasileiro estampado em edição do jornal Cruzeiro do
Sul. Antes da adesão ao conflito uma expressão se popularizou no Brasil,
"é mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".
É impressionante como alguns temas históricos são tão pouco
trabalhados na internet. Apesar do grande número de curiosos, é visível a falta
de informação de qualidade em nosso idioma, e isso ainda fica mais evidente
quando o objeto de estudo é a História do Brasil. Com o objetivo de preencher
esta lacuna foi inciado o projeto História Ilustrada, o imenso trabalho de
realizar pesquisas e reunir informações de fontes confiáveis tem resultado em
um rápido e satisfatório reconhecimento do público leitor.
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial é um tema
muito interessante em diversos aspectos. O país comandado por Getúlio Vargas
soube aproveitar ao máximo a sua inicial condição de neutralidade, e quando foi
preciso quebrá-la, a decisão foi tomada com muita sabedoria. Por questões
estratégicas que envolviam posicionamento geográfico e fornecimento de
suprimentos, até o último momento alemães e americanos disputaram a aliança com
os brasileiros. No final, com direito até a uma visita pessoal do presidente
Roosevelt ao Brasil, Vargas optou por aderir à causa Aliada.
A simples colaboração
geográfica do Brasil com as movimentações militares dos Estados Unidos já foi
suficientemente importante para o andamento do conflito no front ocidental, mas
a ajuda brasileira não parou por aí. Em 1944 foram enviados milhares de soldados
para consolidar o avanço dos Aliados em território italiano. Durante a campanha
na Itália, os pracinhas, como ficaram conhecidos os soldados da FEB (Força
Expedicionária Brasileira) enfrentaram soldados da Itália fascista e
posteriormente os temidos soldados nazistas. Entre centenas de missões e longos
meses de combate, a mais importante conquista foi a vitória em Monte Castelo
(Fevereiro de 1945) e a mais sangrenta vitória foi na Batalha de Montese (Abril
de 1945).
Quem sobreviveu para contar a história denunciou a não tão
amigável realidade dos pracinhas:
"O treinamento que tivemos no Brasil de nada serviu
para nós lá na guerra. O armamento era antiquado, a alimentação era péssima, as
questões de saúde eram compliacadas. (...) Havia também muita gente com
problemas de dentição e se soldados que, antes de ingressarem no exército,
jamais tinham calçado um sapato na vida."
Ferdinando Palermo, veterano brasileiro da Segunda Guerra
Mundial.
Getúlio Vargas e Franklin Delano Roosevelt em Natal, Rio
Grande do Norte, 1943.
Desembarque dos pracinhas brasileiros na Itália
(Arquivo Diana Oliveira Maciel).
Soldados da FEB sendo saudados por moradores de Massarosa,
Itália, 1944.
Soldados alpinos fascistas italianos capturados pelos
brasileiros aguardam para serem interrogados em Viareggio, Itália, 1944 (Gli
eroi Venuti dal Brasile).
Acampamento de soldados do 2° Escalão da FEB (Arquivo Diana
Oliveira Maciel).
O Comando das Forças Aliadas na Itália examina as operações
conduzidas pela FEB (Arquivo do Exército Brasileiro).
Enfermeiras Brasileiras com soldados da Força Expedicionária
Brasileira em uma avião da FAB (Bernardes MMR, Lopes GT). A colaboração da FAB,
juntamente com a participação de uma divisão de montanhas do exército
americano, foi um fator importante para a conquista do Monte Castelo.
Movimentação da Força Expedicionária Brasileira na Itália
(Arquivo do Exército Brasileiro)
Tropas brasileiras em Monte Castelo (Arquivo Diana Oliveira
Maciel)
O General Otto Freter, comandante da 148ª divisão alemã,
apresentando a rendição de sua tropa ao General brasileiro Zenóbio da Costa
(Arquivo do Exército Brasileiro).
Prisioneiros da 148º Divisão de Infantaria alemã, sob
controle da FEB (Gli eroi Venuti dal Brasile)
Soldados brasileiros nos Apeninos, em pleno inverno,
posicionados contra as linhas de defesa alemãs (Horácio Coelho). Os soldados
brasileiros chegaram a enfrentar temperaturas próximas aos -20ºC.
Tropas brasileiras em movimentação nos arredores de Montese
(Ten. Cel. Manoel Thomaz Castello Branco).
Ponto conquistado nos Alpeninos defendido pela Força Expedicionária Brasileira
com metralhadoras (Arquivo da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil Secção de
São Paulo).
Um blindado M-8 do Esquadrão de Reconhecimento da 1ª Divisão
de Infantaria Expedicionária entra em Montese, na Itália (Arquivo da Associação
dos Ex-Combatentes do Brasil Secção de São Paulo).
Evacuação de feridos após a conquista de Montese pela FEB (
Marechal Floriano de Lima Brayner).
Soldado aliado vigia com uma carabina prisioneiros alemães
após o término da guerra na Itália (Arquivo da Associação dos Ex-Combatentes do
Brasil Secção de São Paulo).
Banda oficial da companhia do Quartel General em
Alessandria, no norte da Itália (Arquivo General Tácito Theóphilo Gaspar de
Oliveira).
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